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segunda-feira, 18 de julho de 2011

PAIXÃO EM TRÊS OLHARES

Ousando um pouco mais, estamos colocando três olhares diferentes sobre o mesmo tema : Paixão.

Por Rafael Ferreira
Paixão é correria e pressa para matar o que se sente.
É fome por outro ser que mais  parece um manjar . E pressa e estar atrasado para se afogar num mar de beijos e agarro.
Infestado de pensamentos nefastos, acordar suado com outro ser caminhando dentro de sua mente pregando quadros nas paredes de lembranças que nem sequer ocorreram .Esse maldito Ser não deixa eu dormir noites de insônia .
Mentir, você vai mentir!  Isso você ai ,aqui ,La ou em qualquer lugar  que amar é bom mas se apaixonar é demais . Nega vai  roei as unhas, que ate sangue tu beberia se tranqüiliza-se ...

Se todas as pessoas do mundo  neste instante estivessem apaixonadas teríamos acidentes de carro congestionamentos de telefones celulares, shoppings  lotados de pessoas gritando "eu quero um chip de celular" ,lixo nas ruas ,motéis lotados, caos total e superpopulação em breve .
Seria o fim do mundo em ejaculação coletiva mais seria lindo, seria de paixão.


Por Alinne Bertolin

"Vou por meu melhor vestido, e pedir que o vento me carregue..., me leve ao lado teu...".
Uma frase apaixonada numa vida não tão apaixonante.

Mas o que rima com paixão?
Rima com coisas que ela nos traz : emoção, ação, coração (dolorido).
Rima também com coisas que ela leva embora : razão, chão, percepção e no fim, coração que nos é arrancado pelo mesmo vento que o preencheu.

Paixão é algo que tentamos evitar, mas quando acontece, não medimos esforços pra concretizá-la.
Paixão é um fogo que consome tudo muito rápido, mas, depois que se apaga, não resta brasa.

É algo que se aprende nos livros, em músicas, se observa em filmes, mas também é algo que se sente profundamente em realidade, e nesta somos totalmente inexperientes.


Por Pedro Antonio
A paixão entra na nossa vida logo cedo. Alguns seguem o caminho natural. Gostam daquela priminha próxima, ou da filha do vizinho, esse estilo de paixão já mais perigosa, pois normalmente o vizinho nos olha de soslaio, esperando o momento certo de nos encurralar entre o pé de abacate e a casa dele, para nos dizer que, se mexer com a filha dele, a coisa vai azedar.

Já outros enveredam pelos rumos dos amores impossíveis, desenvolvendo complexos de Édipo, ou gamando perdidamente naquela professora, suspirando a cada cruzada e descruzada de pernas dela, sequer prestando a atenção na aula.
Perto dessa época a paixão amadurece. Nos apaixonamos pela menina com quem dançamos a quadrilha, ou por aquela que faz a princesa no teatrinho escolar. Via de regra não somos sequer notados por elas, e a paixão costuma nesse tempo mostrar sua face amarga: a da paixão não correspondida. Ela, assim, se alia a sua amiga e irmã preferida: a saudade.

Os meninos, principalmente, ao contrário do que todos pensam, são os que mais sofrem ao se apaixonar. Se demonstram isso, são maricas, se não demonstram seus sentimentos, sofrem quietinhos na cama com o companheiro travesseiro. Ter confidentes das paixões nessa faixa etária é mortal para a reputação no colégio.
Daí a adolescência acaba, e o ser humano se julga independente e capaz de dominar seus sentimentos. Tolinho! Só vai em baladas, pois lá a chance de se apaixonar é quase nula. Bobinho! Diz que é garanhão, ou que é moderna, e não precisa misturar prazer com sentimentos. Pretensão! É questão de tempo para na mesa do bar, ou na frente daquele filme de amor, com uma bacia de pipocas na mão, o verdadeiro sentimento aflorar, e a paixão tomar conta do assunto, do peito, e dos olhos marejados.

Casa-se. Se, com a pessoa por quem se apaixonou, tudo muito bem. A paixão dura até a rotina a corroer como a um portão atacado pela urina dos cachorros do bairro. Se não é com a pessoa amada o enlace, então, ai sim, a paixão mostra sua face dissimulada. Quando homem, apaixona-se pela professora de novo, mas agora, a do seu filho, pela atendente do restaurante que almoça todos os dias, pela secretária, pela mulher do cafezinho, e ela então, pelo menino que entrega a pizza todo final de semana, pelo mecânico que conserta seu carro, é um se apaixonar sem fim, concretizando ou não o ato em si, o peito vive clamando por paixão.

Enfim, entra-se na “melhor idade”. Ai temos convicção que não nos apaixonaremos mais. Chega ser hilária essa suposição. Voltamos ao estágio de infância, só que às avessas. Gostamos de mulheres (e homens) cada vez mais jovens que a gente. Às favas as convenções, temos uma vida toda vivida, uma bagagem, ficamos mais ousados, menos tocados com os julgamentos feitos sobre nós, e daí a paixão deita e rola na gente. É um tal de se apaixonar todo dia. Ridículos? Por sermos apaixonados? Nunca! “Velho safado”! Jamais, safados sempre fomos, só externamos isso nessa época agridoce da vida.

E só deixamos de nos apaixonar no sono eterno. Nós, os que dormimos, pois, ao partir assim, deixamos muitos outros apaixonados pelo que fomos, pois, como dissemos, a paixão é irmã da saudade, e quem se apaixonou por nós também, desta feita, sentirá a suave porém incômoda face da paixão que ficou, e se transformou em ausência saudosa...

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